sexta-feira, 12 de setembro de 2008

"Qual de nós foi buscar o que partiu?"




Houve um tempo em que a felicidade se tornara primordialmente o bem maior a ser conquistado por uma alma vivente. Houve um tempo em que o sucesso foi almejado somente como conseqüência de uma mão sempre estendida, ou talvez de braços incansavelmente abertos! Houve um tempo - esse não muito distante - em que se acreditava no amor, no poder que fazia girar ordenadamente um mundo tão fugaz de sistemas excêntricos!

Existia uma raça de homens que apostavam sem medo nos sentimentos de gratidão, respeito e compaixão, em que desconheciam o egoísmo doentio a ferir e destruir a si próprios. Houve um tempo em que os filhos cobravam menos dos pais, tempo em que crianças desejam sempre menos que os pais nunca crescessem para uma vida de extremas responsabilidades.

Moramos no tempo em que a pressa é penhor dos “sonhos”, esquecemos que também, na maioria das vezes, é a responsável pelo remorso de uma vida amarga. Não se tem mais a pressa de abraçar com saudades, de se dizer “eu te amo muito”; a pressa de querer voltar atrás para apagar um passado de erros e conquistar o que realmente podemos abraçar; a pressa de lutar pelo presente de uma amizade ferida, via perdão, indiscutivelmente raro, mas sempre triunfante!

Onde está a pressa de voltar para Deus e abandonar idéias explicitamente agnósticas? Não seria isso destronar O Grande Rei do palco da vida? Em nome da ciência, tem-se pressa de ser Deus!(Que disparate! ) Em nome da tão sonhada estabilidade, tem-se pressa de priorizar o conhecimento! Em nome do prazer, tem-se pressa de um orgasmo de sucesso e de glória. Em nome do orgulho alheio, tem-se pressa em ser “alguém”.

Que tristeza saber que, em nome das “descobertas”, testemunhamos teorias sobre o surgimento do mundo, conjecturas irredutíveis sobre a evolução na história do tempo. Ouvimos sempre: “o que nos separa do macaco é uma sutil diferença genética”. O mais intrigante é saber que seus adeptos não compreendem que, num colapso de nostalgia, suas as almas desejam regredir apressadamente na “escala da evolução”, para assim reaprenderem com os primatas a amar sem a sombra de um ativismo cada vez mais barato.

Perguntaram-me certa vez sobre saudades, respondi: “Tenho saudades do reino dos humildes, que muitos desconhecem ou pesam não ter existido. Quando rei, nossa majestade pouco durou, perdemos a realeza ao perceber que neste reino é necessário crescer ante as expectativas alheias. Tiram-nos a pureza, presenteiam-nos com a razão.”

Tenho pressa de ser o filho que ainda não pude gerar.

Saudades do tempo de criança...

Imagem: Internet.

6 comentários:

Anônimo disse...

tem certeza que prescisa comentar ?
me faltão palavras to engasgada ate agora,...e lembrei me de uma citaçao.
ha duas formas de viver sua vida:
uma é nao acreditar que existem milagres.
E a outra acreditar que tudas as coisas são um milagre;
Albert Eisntein

Ângela Barros disse...

e nem prescis dizer q te amo né@!!!

Anônimo disse...

Perfeito mano. Muito Show!
Realmente tem que publicar em outros lugares...

Anônimo disse...

A nem... coisa mais sem graça... Huheuehuehe... Brincadeira gorduxo! Ta perfeito! Dom de Deus!
S2 te amo! Layane

Anônimo disse...

Nossa depois de ler acho0o que me falta ate palavra para dizer como0 isso0o fala a realidade to ate sem palavras Linduu!! O que vC Queria passa com isso0o vC consegueiuu pude reflito muitas coisa na minha vida Obrigada !!ameiii!!

Dúdah disse...

Muito legal teu blog , beijoo ;]