sábado, 21 de fevereiro de 2009

O meu MUITO OBRIGADOOO!


Deixando a sistemática um pouco de lado...

Desta vez não quero postar minhas dores ou devaneios, quero unicamente agradecer a Deus pelo dom da vida e por ter me lapidado para ser o que sou hoje: VIDA!

Quero agradecer a uma mãe sempre presente, nunca vacilante, mesmo não merecendo um filho como eu. O Senhor e minha Senhora desceram “a fim de me livrar da escravidão, para me levar a uma terra boa, terra que mana leite e mel.”

Agradeço também aos amigos presentes, engraçados, sorridentes; aos amigos ausentes, sempre constantes na lealdade, na fidelidade e no amor. Aqui quero citar:
Ângela, meu sustento e meu sacramento fraterno. Izabella, meu melhor espelho. Nega Layane, minha cúmplice. Cynara, sempre incomparável. Meu amigo João, companheiro no sofrimento e na vitória. Socorro, irmã com perfeição de mãe. Sarina, a criança que quero que não cresça. Rowena, Natiele e Ariane, Hesed na minha vida. O Caminho, na pessoa da minha madrinha linda, Irmã Ágata.

Enfim, agradeço a todos os que se fazem presentes e que carregam um pedaço do que eu sou.

Amo todos vocês, sempre sempre!

Quem como Deus? Ninguem como Deus!

Salve Mariaaa!

Foto: Filme Patch Adams.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sobre a aversão perante o inconstante . . . seus efeitos.


De onde vem o sopro que faz nascer morte no que parecia vida?

De onde vêm os ladrões de felicidade que rareiam o ar na ousadia de querer que não têm?

Por onde se constroem os montes que se abalam e a fé no que acreditamos ser real?

Quero o direito à constância de sentimentos que me faça acreditar mais uma vez. . . o direito de contemplar as dores que não sejam as minhas e atestar que o sofrimento não me é restrito.

Quero o direito de perder o foco, de não ter metas ou condutas que me separem daquilo que achei ser real e não fingido. Quero o respeito aos sentimentos que fazem de mim o que eu sou, na ousadia de ser único para o amor.

Quero o direito de contestar o homem na sua hipocrisia perante seu objeto de desejo, que ignora os lados e descartar o sem valor. Quero questioná-lo na sua tolice insana sob pretexto de sempre viver algo novo.

Quero o direito de repudiar a conveniência do meio e dissolver os padrões que fazem de nós apenas seus produtos, nada mais; o direito de perder a confiança sob a luz da razão que explique por que colher indiferença quando se semeia flores.

Quero o direito de ser mãe para gerar e cuidar dos “constantes” que são parte de mim, que fazem da vida um abraço demorado, firme e persistente.

Quero o direito à impureza das prostitutas, à leviandade dos “sem pudores” e à irresponsabilidade dos vadios. Quero andar de braços dados com o devasso e preceder os perfeitos no paraíso.

Quero o direito de me apaixonar mais uma vez, de ser louco pelo mistério do assalto. Quero amar meu ladrão com a persona múltipla de uma só face chamada amor.

Quero o direito à vida que me ensine que a melhor maturidade é não ter pressa de crescer, é perder o direito de ser homem inconstante na ingenuidade de um menino contínuo.

Quero plantar uma árvore, escrever um livro e ver meu filho nascer. Quero ser o velho sábio que ensine que o amor basta para o amor, que o acaso é sempre estéreo e que a constância da vida é boa demais para ser verdade.

Por fim, quero o direito a uma morte sem dor pelo legado do amor leal que um dia ofereci; o direito à imortalidade dos poetas e ser lembrado como quem muito amou com palavras quando não mereciam.

Que impere em mim o sentimento de dever cumprido ao escutar o acorde definitivo da vida.

Imagem: Internet.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

De volta à Terra do Esquecimento


À minha eterna criança


Uma mulher que mora nas nuvens sonhara com duas crianças. Seu rosto nunca pareceu tão feliz ao carregar um sorriso que nunca envelhece. Parece transformar a tudo o que alcança no que o amor quer, ou seria melhor dizer “transportar ao que o amor quer?” Sim, seus sonhos levam ao limiar das brincadeiras de roda que fascinam pela riqueza de uma alegria sem maldades.

Uma mulher sonhara com o eterno na felicidade dos pequenos que se exibiam sem pejo. Observava curiosa quando, no ritmo próprio das crianças, rodopiavam de mãos dadas para que o mundo girasse com elas. O zunido suave do vento e as hilariantes gargalhadas formavam a melodia do esquecimento, sem identidade, tempo e nem espaço. O culto à perfeição se fez por esse momento. Nada de tão especial, diriam os tolos “não-tolos”. Para os sábios, a chave de todas as coisas.

Foi na sabedoria que se aproximou com temor afim de não quebrar o encanto da figura. Viu que uma das crianças lhe parecia familiar e percebeu que o rosto que contemplava era o seu quando menina, sempre jovial apesar do susto.

Sob essa nova perspectiva, brincavam de contemplar a face um do outro, disputando inocentemente quem se perdia mais no olhar de quem. A mulher, agora menina, ousava questionar-se sobre a outra criança, diferente de todas com as quais estivera. Mas o jejum de palavras pouco durou, quando se ouviu na Terra do Esquecimento um sussurro que dizia: “eu te amo, mamãe!” Nesse momento os segredos volatizaram-se, e a senhora - menina saciou-se de uma eternidade sem fim.

A cena mais linda de um sonho de mãe é correr feito criança de mãos dadas com o próprio filho. As brincadeiras, os sorrisos, a inocência, a pureza.... que espetáculo! A mulher mais hábil na arte de sonhar, tão mais perfeita em realizar as quimeras de Deus, descobriu que seus sonhos são os dEles e os dEle são os dela.

Maria, feito menina, sonhou com o Deus menino ao penetrar nos sonhos do Altíssimo.
Maria, inocente Maria, brincou de ser feliz no paraíso para sonhar nossos sonhos.
Maria, pequena Maria, ensinou gente grande a não ter medo do escuro na doce dependência de Deus.
Maria, eterna criança, provou que a felicidade cabe na palma quando não se pensa em ser feliz, brincar o dia todo seria suficiente para isso.

Brincadeira de criança é um ritual de inocência sem regras, é o doce pesar da infância que sempre volta quando se brinca eternamente de braços dados com o amor.

De volta à Terra do Esquecimento. . .

Imagem: Internet.