sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Carta aos amigos ausentes


Na ausência das belas palavras, decidi escrever o que uma simples carta pode conferir às amizades. É o hábito sadio de uma alma que ainda acredita na força das palavras, que tenta reparar algum mal que inconscientemente tenho causado.


Se ao menos por cartas o homem percebesse o avesso do que as pessoas aparentam... se ao menos pelas palavras escritas as pessoas conhecessem o que me move e o que me deixa estático... se ao menos nas palavras passeássemos efetivamente por entre os segredos de um coração amigo... talvez as pessoas entenderiam o que de fato é valor, reformulariam suas prioridades e viveriam com prazer as idiotices de um último dia. Hoje os reencontros perdem gradativamente a magia da redescoberta e da reinauguração. E incrivelmente ainda me sinto fecundado com esses poucos momentos hoje cheios de respeito humano. Na verdade, eu me sinto invadido por pessoas que hoje eu penso não conhecer tão bem assim.

Com incompreensível distância, eu aprendi que a pior tarefa do dia é sempre me refazer da imortalidade alheia. Aprendi que as pessoas se tornam importantes por seus méritos, porém, não espero que assumam com prazer seus devidos lugares em minha vida. Aprendi que os sentimentos são demasiados até o momento em que a morte refuta o que julgamos ser o melhor rótulo para a forma alheia de amar: de exagerados em vida a intensos após a morte. Aprendi que, quando normal, neguei a verdade que diz ser a vida apenas uma grande despedida, imperceptível à maioria, fragmentada em seus dias, meses e anos. O homem nasce para sentir com um prazer estranho o gosto da própria efemeridade: "Quem sabe que o tempo está fugindo, descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será." Hoje trago essa verdade comigo e me convenço de um tempo cada vez mais fugaz!

Já não tenho tempo para a despercebida morte-nossa de cada dia, abraçar a vida ainda é a minha melhor loucura. Por isso a importância de ser tão intenso, tão cheio de amor, de escrever cartas e contar histórias às pessoas. Sou paradoxalmente um exagerado na medida certa, e hoje o meu desejo exageradamente belo é fazer com que SINTAM! Sintam que o que move o meu mundo são os sentimentos que tenho ofertado num tempo onde as amizades se descobrem apáticas ao amor. Sintam que as minhas relações se tornam sagradas no exato momento em que o interesse pelo outro nasce timidamente, cresce com constância e me transforma no milagre de pertencer a alguém.


Amizade talvez seja isso!

3 comentários:

Ângela Barros disse...

É impressionante como você se apresenta nesses textos. Sempre deixando bem claro que quem fala é o coração. Nunca é muito tempo, mas acho que suas palavras nunca serão redundantes para mim.TE AMO, ISSO SIM É REDUNTANTE. KKKKKKKK AMOOOOO .Parabéns quando crescer quero ser igual a vc. bj

Bruninha disse...

Oláaaaaaa

Navegando por esse mundinho virtuaaaaal encontrei teu blog e ADOREI!!

tô te add,

bjs

NICE disse...

oie, visitando alguns blogs encontrei o seu, adorei. parabéns!!!!!gostei muito da maneira como descreveu seu perfil, o caração parece sempre falar mais alto. gosto de pessoas assim em especial os homens, que são mais fechado. continue assim. ja estou seguindo vc. caso queira fazer-eme uma visitinha fique a vontade, se quizer me seguir será uma honra. otima tarde.bjs

http://namorarpelanetpodedarcertosim.blogspot.com