quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

De volta à Terra do Esquecimento


À minha eterna criança


Uma mulher que mora nas nuvens sonhara com duas crianças. Seu rosto nunca pareceu tão feliz ao carregar um sorriso que nunca envelhece. Parece transformar a tudo o que alcança no que o amor quer, ou seria melhor dizer “transportar ao que o amor quer?” Sim, seus sonhos levam ao limiar das brincadeiras de roda que fascinam pela riqueza de uma alegria sem maldades.

Uma mulher sonhara com o eterno na felicidade dos pequenos que se exibiam sem pejo. Observava curiosa quando, no ritmo próprio das crianças, rodopiavam de mãos dadas para que o mundo girasse com elas. O zunido suave do vento e as hilariantes gargalhadas formavam a melodia do esquecimento, sem identidade, tempo e nem espaço. O culto à perfeição se fez por esse momento. Nada de tão especial, diriam os tolos “não-tolos”. Para os sábios, a chave de todas as coisas.

Foi na sabedoria que se aproximou com temor afim de não quebrar o encanto da figura. Viu que uma das crianças lhe parecia familiar e percebeu que o rosto que contemplava era o seu quando menina, sempre jovial apesar do susto.

Sob essa nova perspectiva, brincavam de contemplar a face um do outro, disputando inocentemente quem se perdia mais no olhar de quem. A mulher, agora menina, ousava questionar-se sobre a outra criança, diferente de todas com as quais estivera. Mas o jejum de palavras pouco durou, quando se ouviu na Terra do Esquecimento um sussurro que dizia: “eu te amo, mamãe!” Nesse momento os segredos volatizaram-se, e a senhora - menina saciou-se de uma eternidade sem fim.

A cena mais linda de um sonho de mãe é correr feito criança de mãos dadas com o próprio filho. As brincadeiras, os sorrisos, a inocência, a pureza.... que espetáculo! A mulher mais hábil na arte de sonhar, tão mais perfeita em realizar as quimeras de Deus, descobriu que seus sonhos são os dEles e os dEle são os dela.

Maria, feito menina, sonhou com o Deus menino ao penetrar nos sonhos do Altíssimo.
Maria, inocente Maria, brincou de ser feliz no paraíso para sonhar nossos sonhos.
Maria, pequena Maria, ensinou gente grande a não ter medo do escuro na doce dependência de Deus.
Maria, eterna criança, provou que a felicidade cabe na palma quando não se pensa em ser feliz, brincar o dia todo seria suficiente para isso.

Brincadeira de criança é um ritual de inocência sem regras, é o doce pesar da infância que sempre volta quando se brinca eternamente de braços dados com o amor.

De volta à Terra do Esquecimento. . .

Imagem: Internet.

2 comentários:

Ângela Barros disse...

É, embora o ser mãe e criança, esteja cada vez mais diferente, prescisa-se resgatar os verdadeiros sentidos dos rituais que englobam essa maravinha de ser cada hum ...mesmo ......!!!!!!!!

tenso AMO MUITO VC SABE DISSO !!!

mais nao canso de dizer


kkkkkkkkkkkkkkk


ficou otimo !!!


ooooo, novidade hem !!!!!

Unknown disse...

Meu amigo, adoreiii seu texto! Profundo e simples ao mesmo tempo! Te admiro por tão grande dom! É presente de Deus! Te amo, gordo!

Da Nega que quer seu nome na dedicatoria do livro! hehe